quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Protocolo de vacinação contra leishmaniose visceral canina.



A Leish-Tec® – Vacina Recombinante contra Leishmaniose Visceral Canina será comercializada exclusivamente para médicos veterinários.

Estão reunidas aqui informações úteis sobre a vacina contra Leishmaniose Visceral. Qualquer duvida sobre valores ou em relação ao protocolo por favor entre em contato via telefone ou email.


-A vacina deverá ser aplicada em cães acima de 4 meses de idade.
Como todas as outras vacinas, deverá ser precedida de um minucioso exame clínico realizado por um médico veterinário.

-A vacina deverá ser aplicada somente em cães assintomáticos com resultados sorológicos negativos para leishmaniose visceral canina. Ou seja, antes da vacinação o veterinário deverá coletar uma amostra de sangue do animal.

-Via de administração: subcutânea.

-Posologia: três doses com intervalo de 21 dias entre as aplicações. Em caso de atraso, iniciar novo protocolo. O animal apresentará a resposta imunológica 21 dias após a terceira dose.

-Revacinação anual a partir da primeira dose. Em caso de atraso até 15 dias, administrar duas doses com intervalo de 21 dias entre as aplicações. Prazo superior a 15 dias, iniciar novamente todo o protocolo vacinal proposto.

-Como no uso de todos os produtos biológicos, podem surgir reações de hipersensibilidade, que deverão ser imediatamente tratadas de acordo com a orientação do médico veterinário.

-A vacinação não é o único instrumento de prevenção e controle dessa enfermidade. Outras medidas também devem ser adotadas, conforme normatização do Ministério da Saúde.

-Os animais vacinados que apresentarem si­nais clínicos de leishmaniose visceral, reações sorológicas positivas estarão passíveis de adoção das medidas sanitárias vigentes.

-O médico veterinário deverá, obrigatoriamente, manter sob sua guarda, durante no mínimo 3 (três) anos após a última dose da vacina, cadastro e registro contendo nome do produto, data de fabricação, data de va­lidade, nº de partida, nº de doses; o ende­reço completo e identificação completa do animal vacinado, do responsável civil pelo animal e datas de vacinação.

-A Hertape Calier Saúde Animal S.A. deve: manter obrigatoriamente, durante 3 (três) anos após a data de distribuição do produto, informações completas sobre os médicos veterinários responsáveis pela aplicação da vacina.

-Em casos de animais vacinados com outra vacina contra leishmaniose visceral canina, diferente da Leish-Tec® – Vacina Recombinante contra Leishmaniose Visceral Canina, o proprietário deverá assinar uma declaração específica e cumprir todo o protocolo proposto da Leish-Tec® – Vacina Recombinante contra Leishmaniose Visceral Canina para imunização do animal. O atestado de vacinação anterior deverá ser mantido anexo ao atual pelo fato da imunização com a Leish-Tec® – Vacina Recombinante contra Leishmaniose Visceral Canina não ter o condão de reverter uma eventual sorologia positiva decorrente da vacinação anterior do cão com produto distinto desta vacina.

Leishmaniose Visceral Canina


A leishmaniose visceral canina, mais conhecida como Calazar, é uma doença infecciosa, causada por protozoário, e considerada uma das principais zoonoses ( doença que afeta os animais e os seres humanos) mundiais. Considerada a quinta maior endemia mundial, a doença já se encontra disseminada em 04 continentes. Estima-se que 400 milhões de indivíduos estejam expostos à infecção e nas Américas, o Brasil é responsável por cerca de 90% dos casos reportados.
A doença é transmitida pela picada do flebótomo (inseto também conhecido por mosquito-palha) infectado que afeta o homem e particularmente o cão doméstico, desenvolvendo lesões na pele (Leishmaniose Tegumentar (ou envolvimento visceral generalizado (Leishmaniose Visceral), constituindo um sério problema para a saúde pública.
O cão é o principal reservatório da doença em ambiente doméstico e devido a sua elevada prevalência, associados aos hábitos do inseto transmissor, tem tornado a Leishmaniose uma doença de difícil controle. Segundo dados do ministério da Saúde, a doença vem se espalhando pelo Brasil e o número de casos vem aumentando ano após anos.


O diagnóstico da Leishmaniose Visceral Canina apresenta-se dificultado por vários fatores, principalmente por se tratar de uma doença de ampla manifestação clínica e pela inexistência de testes diagnósticos de fácil acesso à maioria da população. Outra característica importante consiste no fato de que alguns animais infectados permaneçam assintomáticos por longos períodos, entretanto, são fontes de infecção para os flebotomíneos e, conseqüentemente, tem papel ativo na transmissão da doença.


Nos cães, a doença é sistêmica, crônica e leva o animas à morte. A doença, em geral, afeta cães sadios ao contrário do que ocorre nos humanos. Após ser contaminado o animal pode demorar de 2 meses até 6 anos para apresentar os sintomas clínicos da doença. Em geral os animais podem apresentar emagrecimento, apatia, fraqueza, queda de pelo, descamação e lesões na pele, feridas que não cicatrizam, crescimento exagerado das unhas, aumento e disfunções dos órgãos internos como fígado e baço, dentre outros, levando o animal à morte. No Brasil, o tratamento não é recomendado pelo Ministério da Saúde e Ministério da Agricultura e os animais infectados devem ser sacrificados.
Para minimizar a possibilidade de infecção, é necessário associar uma série de medidas preventivas. Como prevenção é indicada a vacinação com a Leish-Tec nos animais soronegativos, encontrada em clínicas veterinárias, associada a outras medidas de controle, como por exemplo: aplicação ou uso de repelentes químicos ou naturais nos animais, facilmente encontrados no mercado veterinário sob formas de coleiras, sprays, xampus, dentre outros; dedetização do ambiente Peri domiciliar, mantendo o ambiente sempre limpo, livre de folhas e matéria orgânica em geral (meio propício para reprodução do flebotomineo); instalação de telas protetoras; dentre outras.
A vacinação dos animais é uma medida complementar eficiente, auxiliando o programa de controle da doença. Além de proteger o animal, impedindo que ele fique doente e apresente sintomas clínicos, a vacina impede que o animal torne reservatório do parasita. Com isso, diminuímos as fontes de infecção do inseto transmissor e conseqüentemente o número de casos caninos e humanos da doença.
A Leishmaniose não é mais uma doença dos subúrbios, ela está presente em todas as classes sociais. É necessário um bom relacionamento da saúde pública com mútua cooperação e orientação de toda população para um controle eficaz da Leishmaniose Visceral no Brasil.

Por: Vinícius Junqueira Hermont.
Médico veterinário e Gerente de produto da Leish-Tec.
Vacina produzida pelo Laboratório Hertape Calier.